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Velhos Ossos Que Choram ou Riem
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Na frente uma água verde e abaixo da água uma ponta de areia de lama nova Ao lado os horizontes tortuosos da velha ponte das salinas da juventude pagã Do outro lado o medo da ilha do meio instalada entre faróis que não se acendem. Acima, um finólio cíclico de luz de lilith embaçando este poema de lágrima antiga. Mesmo com Teodoro denunciando os abalos da Ilha - Yes nós temos maremotos!!! Deuses de pedra e de aço fazem a ponte entre os buracos de areia abaixo da Baía Os mortos ouvem o futuro chegando: Brrrr, catracas de titânio furam a lama velha Meu deus! o que dirão os ossos dos mortos? o que dirão os mistérios da Ilha? A ponte liga os sonhos entre os mundos - Ah! Canal de Suez - voce mudou o mundo! A nova ilha de pedra terá mistérios? seremos os incréus da Vila de Vera Cruz? Creio nos homens e mulheres que comeram seres como se fossem a própria força Fica o sorriso ladino do que não sabemos o que será dos ossos que choram...ou riem... Sergio São Bernardo
LIVRO “Xangô e Thémis - Estudos sobre filosofia, direito e racismo”
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ADQUIRA O LIVRO FÍSICO na livraria LDM (Cine Glauber Rocha), localizada na Praça Castro Alves -Centro, Salvador/BA. Por telefone (das 8h às 11:30min): (71) 32413851 Ou ainda na página: https://www.facebook.com/saobernardo A partir da mitologia grega e africana, Sérgio São Bernardo faz abordagens associadas às questões identitárias, ao racismo institucional e ao que chama de “pretensão dialógica e promotora de acontecimentos ético-jurídicos emancipatórios na vida política brasileira". Os estudos tematizados neste livro localizam uma experiência africana no Brasil, de como um ‘mundo da vida’ foi projetado negativamente e, consequentemente, criminalizado, a despeito dos processos de aculturamento, absorção e ressignificação deste mesmo “mundo da vida”. Nossa tarefa será a de estabelecer uma conexão com as possibilidades da alteridade e da afirmação da diferença através da identidade racial como instrumento emancipatório”, afirma o autor Sérgio São Bernardo, em trecho do l
Danny Glover na Bahia: “Precisamos mudar as estruturas”
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Danny Glover, ator negro americano, veio ao Brasil enfileirar-se na causa antirracista em nome da embaixada da Década Internacional da Afrodescendência, proclamada pela ONU, em 2013 e com vigência de 2015 a 2024. Foi recebido em Brasília pela Presidenta Dilma Rousseff e aqui na Bahia, além da Secretaria Vera Lúcia da Sepromi, nenhum representação oficial do Governo baiano o agraciou com sua presença. Na agenda baiana, muitas “expectativas” e muitas “firulas” para o ator de “A Cor Púrpura”. Os interesses meramente eleitorais predominaram. Nada de substancial ou concreto será deixado para uma luta secular de combate ao racismo e ao genocídio para o programa baiano da Década. Isso nos impõe mais uma vez uma reflexão de qual é o papel estratégico que este segmento dever apontar frente à crise política e a situação da população negra brasileira. O fato de estarmos nas estruturas de governos e em poderes tradicionais instituídos não nos faz traidores da causa negra. Do mesmo modo que o
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Triste OAB! Oh, quão dessemelhante !!!!, por SÉRGIO SÃOBERNARDO Advogado, Ex Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia Sérgio SãoBernardo , Salvador | 20/03/2016 às 15:36 Sérgio SãoBernardo é advogado Foto: DIV Conheço uma OAB que esteve bravamente ao lado dos lutadores pela democracia e no combate à ditadura; conheço uma OAB que debatia e acompanhava as grandes questões nacionais, desde a fundação do IAB (precursora da atual ordem profissional) no século XIX e os seus debates sobre o fim da escravidão e suas consequências racializadoras; conheço uma OAB da imparcialidade, da defesa de direitos democráticos, e da intermediação na busca de soluções de grande relevo no país. No entanto, num lance apressado e pressionado pela mídia oposicionista a OAB colaborou com a divisão da nação brasileira e, de sobra, dividiu a própria categoria dos advogados e advogadas. Sim, porque sei de milhares de associados, inclusive eu, que não se sen
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Direito, Epistemologia e Racismo * Sérgio São Bernardo [1] Se pensarmos o direito como uma linguagem aberta e entendermos que essa é uma área da ação humana anterior aos estudos da norma, da justiça e sua conformação como ciência, podemos iniciar um debate sobre o racismo e a epistemologia no direito. O Direito é da ordem da existência humana e dela não podemos prescindir. Se colocarmos o Direito numa perspectiva multidimensional, transdisciplinar e numa linguagem aberta, teremos um tipo de saber humano, a partir de um lugar que pensa o todo num horizonte sempre contextualizado e valorativo. É sempre um discurso moral, que ao moralizar os “outros” em alteridade, funda uma ética que institui o Direito. Kant quis destruir Deus e colocou a moral no lugar. Aristóteles coloca a comunidade como definidora da justiça edo direito e a moderna ciência a coloca a norma jurídica, ora numa linguagem matematizada,ora numa linguagem argumentativa. Esse é o desiderato das epistemologias