O tempo e a Eternidade

O tempo é limite.
A eternidade, perfeição.

O limite alimenta a idéia de eternidade:
a perfeição eterna na imperfeição do tempo.
Ao tempo que as paixões olham o tempo com eternidade,
com a serenidade da perfeição,
olho o eterno do tempo da paixão no limite do tempo imperfeito.

Façamos do mundo um tempo que finda.
A eternidade surge no tempo ao tempo que passa...
ficando para depois como algo sagrado!

A temporalidade massacra... a eternidade deleita...
Todo amor não caberia no tempo do mundo;
caberia na eternidade...

Sem palavras e gestos quase tudo se explica.
O tempo que evitamos, oscila e mata!
Mas não se redime – firme no seu caminho...

Entre o que se quer no tempo da vida:
Um desenho de amor na eternidade;
Um perfeito caminho para a paixão;
Um imperfeito caminho para o amor;
Como se não houvesse para a eternidade
o que se originou no tempo;
Como se para a paixão, a razão e a compreensão
fugissem ao tempo;
Como se o amor tivesse que permanecer no tempo.

As paixões! Estas são insustentáveis.
Precisamos do que destina, e convictamente, compactuamos.
Saibamos que o perfeito do eterno é a vigência do tempo.
O tempo preciso e necessário para a noção própria da paixão.

Façamos da paixão uma eternidade terrena...
E do tempo, uma verdade eterna;
Sem desenhos e sem pinturas...

Investimos e cercamos as pessoas
com o afinco lunático da paixão.
O tempo cuida da diluição letal da possibilidade eterna.
O que fica é outra coisa distinta
Não esta coisa cega

Eternamente devemos gozar no tempo os méritos da paixão!
Se se nega tão fácil tão fácil morre-se no tempo...
Se se abre ao universo das paixões
devemos conhecer o tempo e a eternidade!


Sérgio São Bernardo

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