O Rebotalho
Rebus
Um rebanho acuado na cerca aberta coberta de sangue e pus
Eis a geração da utopia lavando a louça da pia do senhor seu moço
Os bens comportados vencem por que aprendem a imitar e gostam disso
Rebotalhos bebem whiskies, moram em casas provisórias e bajulam senhores sem barba
O rebotalho cansado deu certo e defronta-se com a imagem imprevisível da multidão
O rebotalho tem medo de gente e faz eventos luxuosos para dizer que continua firme
O rebotalho bem comportado não precisa de profissão, não precisa de nada
O rebotalho é funcionário profissional e pensa que é um cristo iluminado
Informa quando batucamos e quando peidamos para os pombos sujos que o venceram
O Rebotalho coloca sua carcaça para amortecer a reação do irmão que ele pôs a mordaça
Rebotalhos não têm inimigos – todos são azuis e legais
De súbito o rebotalho aceita sua missão de usar sapato novo e come dentro dele
O rebotalho morrerá e ninguém o lembrará
A última inspiração de um morto que a tudo teme
O rebotalho é um vegetal que
Não nasce
Não vive
Não morre
Rebus
Dia desses vi o imenso barco atracado
Fui à festa de rua e vi os negros
Estavam possuídos por algum tipo de frenesi coletivo
Morte em excessos de uma vida em rebotalhos
O que sobra para os rebotalhos? a migalha por sobre o ombro
Uma navalha do céu da boca que ninguém vê
Não podemos continuar vivendo daquilo que nos serviu para continuarmos vivos
Mas algo tem que aparecer para dissipar uma chaga que nos entupiu as veias
Algo tem que acontecer enviesadamente
Como o cantar sibilante da cobra que está na pedra
Como o riso do morto que ri depois da morte
Como o tilintar da moeda que cai do lado da sorte
Como o despontar da fagulha na ponta da folha do girassol
Tenho completa certeza disso
De que algo grandioso irá acontecer á todos os seres que vivem de sua própria narrativa
Quando isso chegar faremos uma grande festa como um dia que nasceu para nós
Como uma festa do acontecimento
Um rebanho acuado na cerca aberta coberta de sangue e pus
Eis a geração da utopia lavando a louça da pia do senhor seu moço
Os bens comportados vencem por que aprendem a imitar e gostam disso
Rebotalhos bebem whiskies, moram em casas provisórias e bajulam senhores sem barba
O rebotalho cansado deu certo e defronta-se com a imagem imprevisível da multidão
O rebotalho tem medo de gente e faz eventos luxuosos para dizer que continua firme
O rebotalho bem comportado não precisa de profissão, não precisa de nada
O rebotalho é funcionário profissional e pensa que é um cristo iluminado
Informa quando batucamos e quando peidamos para os pombos sujos que o venceram
O Rebotalho coloca sua carcaça para amortecer a reação do irmão que ele pôs a mordaça
Rebotalhos não têm inimigos – todos são azuis e legais
De súbito o rebotalho aceita sua missão de usar sapato novo e come dentro dele
O rebotalho morrerá e ninguém o lembrará
A última inspiração de um morto que a tudo teme
O rebotalho é um vegetal que
Não nasce
Não vive
Não morre
Rebus
Dia desses vi o imenso barco atracado
Fui à festa de rua e vi os negros
Estavam possuídos por algum tipo de frenesi coletivo
Morte em excessos de uma vida em rebotalhos
O que sobra para os rebotalhos? a migalha por sobre o ombro
Uma navalha do céu da boca que ninguém vê
Não podemos continuar vivendo daquilo que nos serviu para continuarmos vivos
Mas algo tem que aparecer para dissipar uma chaga que nos entupiu as veias
Algo tem que acontecer enviesadamente
Como o cantar sibilante da cobra que está na pedra
Como o riso do morto que ri depois da morte
Como o tilintar da moeda que cai do lado da sorte
Como o despontar da fagulha na ponta da folha do girassol
Tenho completa certeza disso
De que algo grandioso irá acontecer á todos os seres que vivem de sua própria narrativa
Quando isso chegar faremos uma grande festa como um dia que nasceu para nós
Como uma festa do acontecimento
Comentários
Postar um comentário