As Mulheres e a Revolta dos Búzios

Lembrar a Conjuração Baiana é continuar lutando por uma sociedade mais justa e plural

Nós temos o dever de contar a nossa história por nossa própria voz e é nesta intenção que manifesto a importância de lembramos o mês de agosto como o “Agosto Negro”, palco da Conjuração Baiana de 1798 (Revolta dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios) ressaltando aqui a presença das mulheres na Revolução nestes tempos modernos onde o papel da mulher ainda é bastante discutido.

Estes revolucionários e revolucionárias trouxeram a tona o espírito de uma República Democrática onde a cor da pele não fosse o motivo para definir o grau de prioridade das políticas públicas em desfavor aos negros e negras, pautaram o projeto político do Estado e suas contradições desumanas que recaiam na grande massa da população negra.

Importante dizer que dentre os revolucionários que tiveram penas de prisão estão cinco mulheres: Luiza Francisca de Araújo, parda, 30 anos, mulher de João de Deus; Lucréia Maria Gercent, crioula, forra; Domingas Maria do Nascimento, parda, forra; Ana Romana Lopes, parda, forra; Vicência, crioula, forra.

Revolucionar significa insubordinar, insurgir, rebelar, sublevar, verbos que dizem mais do que a nossa gramática e representa o cotidiano de nossa gente, mulher, jovem, negra, homossexual e com tantos outros estigmas que a sociedade classifica para nos diferenciar pelos parâmetros de supostas superioridades herdadas dos antigos colonizadores e donos do poder aristocrático.

Fica a mensagem e as atitudes tomadas pela sociedade civil organizada para lembrarmos a glória das revoltas como ponto de partida para avançarmos nas lutas anit-racista, machista.

Sérgio São Bernardo 13310

Juntos Nós Podemos!

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