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Mostrando postagens de março, 2010
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Assista a reprise do programa TVE Debate domingo, 21, às 21h com a participação do advogado, professor da UNEB e presidente do Instituto Pedra de Raio, Sérgio São Bernardo, discutindo o tema das cotas nas universidades para negros. Sérgio São Bernardo esteve no início do mês na audiência pública do STF sobre as cotas e publicou o artigo o PAC da igualdade no Brasil demonstrando a sua impressão sobre o evento “O debate das chamadas cotas raciais situa-se no centro temático do desenvolvimento nacional e se transforma naquilo que Milton Santos, Abdias do Nascimento e Otavio Ianni falavam há décadas: o racismo brasileiro é uma questão nacional e não só de responsabilidade dos negros brasileiros, ela o é de todos os brasileiros”.

Dinheiro, Consumo e Fraternidade

Por Sérgio São Bernardo* Com um caráter ecumênico, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convidou autoridades eclesiásticas e políticas para sua Campanha da Fraternidade 2010. Fraternidade e Economia”será o tema da campanha deste ano. A ponderação apresentada foi : “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, baseada na passagem bíblica Mt 6,24. Fraternidade é da ordem da religiosidade e da moralidade. Não parece se adequar aos labirintos da prosperidade do dinheiro. O tema foi retraído pelos estudos mais urgentes da liberdade e da igualdade. Este não era ainda o assunto a ser te matizado pela história, nem tampouco o lema de um mercado profetizável e de um Estado redentor. Após a revolução francesa esperava-se que o lema da fraternidade acometesse a maioria da população mundial, evocando uma base moral para a realização da justiça a e da ética no mundo moderno. Esta possibilidade não se confirmou porque as correntes hegemônicas do pensamento e do poder político, nos úl

Mulheres Homens e Homens Mulheres

Estou tentando entender quais são as diferenças entre homens e mulheres e quais dessas diferenças reforçam o sexismo e qual delas emancipam os gêneros. Sei que vou cometer excessos e isto assusta. Este mês teremos mulheres sendo reconhecidas no mundo todo. Já expressei minha opinião sobre a comemoração de “dia”, mas sei que datas como esta servem para que não nos arranquem a última flor do nosso jardim e nada mais nos reste. Servem para continuarmos a luta para a conquista de todos os dias. Agora, precisamente sobre mulheres e homens, digo que não acredito em homens feministas, mas acredito na existência de mulheres machistas. Uma forma mimetizada de assumir parte do tipo de poder fundado em modelos de nossos algozes. O sindicalista faz isso com o empregado de seu sindicato; negros “classe A” fazem isso em relação a outros negros “classe B”, ricos que foram pobres fazem isso em relação aos pobres. Gestores de esquerda fazem isso em relação gestores de direita quando ocupam a maquina

O PAC da Igualdade no Brasil

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Por Sérgio São Bernardo* O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, neste mês de março de 2010, um debate que poderá ser considerado um divisor de águas para a hermenêutica jurídica brasileira: a constitucionalidade das ações afirmativas e se ela pode ser estendida a uma maioria negra e parda baseada em critérios de raça. Por isso, a adequação jurídico-institucional dos mecanismos de ações afirmativas e o alcance de graus razoáveis de justiça política materializada nos índices que mensuram a vida digna e equitativa entre os pertencentes de uma mesma nação têm motivado debates acalorados nos espaços públicos da nação brasileira. Para além de uma mera dicotomia plebiscitária, o assunto tem ganhado merecida importância estratégica nacional. O debate das chamadas cotas raciais situa-se no centro temático do desenvolvimento nacional e se transforma naquilo que Milton Santos, Abdias do Nascimento e Otavio Ianni falavam há décadas: o racismo brasileiro é uma questão nacional e não só de respon