Entre o Passado e o Futuro
Somos um rosto com identidades multi-facetadas, algumas faces aparentemente mais visíveis que outras. E isso nos levou a uma busca frenética por modelos filosóficos e jurídicos, com forte apelo etnocêntrico, como a salvação do mesmo e da negação do outro, ou a sublimação do outro no eu, o que acarretou a hibridez física e a hegemonia ideológica e material no Brasil. O movimento negro baiano tem se reunido para vários motivos e interesses. Uma nova etapa tem surgido, sem que saibamos ao certo se isso tudo é fruto do que se pretendeu no passado ou se é um desvio programático do que se pretendia para o futuro. No entanto, é preciso lembrar que somos cria de nosso tempo e não apresentamos apenas dados e reclamamos utopias. A ocupação de espaços já é uma realidade presente. Mas, paradoxalmente, a ausência de espaços parece existir para nos lembrar de um passado que nos remete a uma luta incansável. O Novembro Negro é um lugar de presença, não de utopia. A utopia é um não lugar. Os africanos...